Eu me curvo e grito uma saudade
Escuto um elogio
Me assusto com uma reclamação
Já que das demoras
A minha é de fato maior
Mas não se cala
Como se desistisse e perseverasse
Dançam os silêncios e os prazos
Os entusiamos repentinos
E o barulho surdo do vácuo ricocheteando
Ora o peito se enche de ar
Ora nem lembra como se respira
Em meio a esquecimentos propositais
E pegadas de sono
O que é isso?
Uma disposição já morta
Ou uma que se nega a morrer?
As trilhas sonoras mudas
Firmes em se manterem presentes
O que é isso?
Onde eu me localizo no tempo?
No oco da cavidade arterial
o quão ressoa o meu nome?
Poderia ele ter se feito esquimó?
Ou talvez a calma da pronuncia
O fez sonífero de cavalo
Se tenho bons sonhos
Acordo com gastrite
Se os impeço de voar
Pareço esmaecer junto
Nem a impossibilidade
Permite agarrar-se
Roubando de mim
Até as palavras duras
A essa ambiguidade engessada
Apenas anuncio
Que meu nome
Ressoante ou não
Já originou-se sendo espada
Pronto pra enfrentar o eco
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