Páginas

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O equilíbrio da balança invisível

Minha mente tem uma típica esquizofrenia
De pensar-me vazia
E conectada ao mundo
Concordo com o que os existencialistas dizem
E com o que ignoram
Como se complementaridade pudesse coexistir com falta
Sem anulá-la, mas dando essa sensação
Tenho essa mania de sintetizar teóricos
Parecem-me eles tão geniais e tão rígidos em seus conceitos
Ou talvez eu só excessivamente questione
Por me dar conta que de certeza mesmo
Nem a morte.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Balanços e atonitices do lado de cá

Passei por um protocolo
E saiu-se de mim a palavra nós
As letras a sós
Ditas assim, numa única sílaba
E eu, nessa aba
Arquivada em formato .avi
Zipada dentro do vértice
Um tanto cúmplice
E cheio de bobice
De nossas falanges falantes
Sentindo
Sem tino...
Pedindo leve
Pra que me leve
E me inspire numa expiração
Sem expirar a validade
Do asfalto dessa viela
Com luminosidade singela
Que da cor à relação
Cor-
(rel)ação
E por mais que seja estreita
Euforias espreita
E me enche de vontade
De lhe dar minha inteira metade
Pra lidar com a realidade
E com essa realeza
Cheia de proza e proeza
E que espero sair ilesa
Dessas poetizações sem destreza
Que se repetem em pura gentileza