Páginas

domingo, 29 de setembro de 2013

Afrodite Sorriu

Afrodite sorriu
ao ver sua vaidade virar minha escopofilia
sua deliberada obtusidade causar hidrofilia
Sem nada fragilizar sua revelia oceânica,
nada pueril

Ah, não fosse inata falta de direção
menos provável seria a obliquidade do seu laço
em invadir esse todo espaço, de cansaço
Causando nesses olhos taciturnos e cafeinados
uma não-poética obliteração

Assim como a injustiça desse olhar cigano,
quando por seguidas vezes repetimos a dor
soa-se cacofonicamente como amor
E a extrapolada e confusa linguagem
transborda-me de engano

A alma engravidou
Em um tom mais grave
Sem que se grave a gravidade da situação
fez-se o entrave
E esse algo que não sei do que se trata é o que sou.