Sim, eu faço monumentos de pequenos tijolos
não deixe minhas palavras lhe saltarem os olhos
não deixe que te arranhem meus arranha-céus
mesmo que ainda presos em tela e papel
Gosto de rasgar o céu de onde o ar é rarefeito
de me deixar cair em feitiços, observar seus efeitos
Fora o voo , não conservo noção do porvir
Além da certa queda livre se o paraquedas não abrir
Troquei o filtro sépia por um mais saturado
Vivo, exuberante e esfomeado
Cheio de pressa tanta
De rouquidão e seca garganta
Fecho os olhos porque posso ver através deles
Os milímetros da vertigem que flui ao longo deles
Cá bêbada, dançante, gaguejando galanteios
Eis uma caixa com meu fôlego dentro, sem receios
Nenhum comentário:
Postar um comentário