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sábado, 23 de novembro de 2013

Poço?

Meu amar é inumano.
Sempre foi poço fundo até pra mim.
E está mais fundo que o comum.
Jogo pedra para ouvir o fim,
não ouço nada.
Talvez tenha perfurado a terra por inteiro
e se findado na boca
de outro poço
e a pedra agora flutue no espaço,
sem rumo.

(pausa para o fôlego)

E posso enxergar que esses poços
são passagens inanimadas.
E esses sentimentos um universo sem fim,
no qual a terra paira medíocre.
Tanto quanto
o meu pé-zar no seu chão




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