O passar das horas é deus adolescente,
mandante belo e perverso
Ciente, porém sem remorso,
do mal que confere a seres demasiado pueris
Imponente, adentra ansiedades
Sanguessuga de frágeis hospedeiros
tira-lhes o vigor, a paciência, a vida
Ator invejável com figurino entorpecente,
porta sua máscara de cura,
oculta realidades ainda existentes
em teu cemitério de cadáveres mortos-vivos
Tutor desnaturado, que embala crianças
com a força da gravidade
Escritor sem criatividade fazendo fama
com feitos de erros didatas
Hegemonia diamantada
que dizima possibilidades autocratas
E desperta ódio naqueles que, como eu,
são enamorados pelo futuro
Aos seus pés o suspiro contemporâneo,
impotente e cancerígeno,
não passa de devaneios
a respeito de um protagonismo inverossímil.
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