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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Latência

Presa que não preza ser presa
Pequeno ser extrapolado
Rude jamais odiado
E ainda, de fato, porta inocência

Desejo de aventura que proporciona tortura
Uma pulga compulsiva habita meu cérebro
Perguntas sem retórica, que não celebro
Cá dentro, lapsos de demência

Pássaro que gosta do conforto da minha mão
E na minha mente dedos são grades
E na sua mente... dedos? Apenas falsas verdades
Breve dia é aguardado, minha audiência

Pupila dilatada e voz macia
E é anulado o despertar do meu limbo, agora dominante
Estupidez emocional de um espírito errante
Bomba armada, fervência

Teoria freudiana comprovada
E falam-se as pontas dos dedos
Insuficiente, fala-se a língua, falam-se os medos
E a aparência leva a crer que tal autoindulgência
É constituinte de minha essência.
Paciência!

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